terça-feira, 31 de julho de 2012

SER E NÃO TER

A elegância nada tem a ver com o "remix" de legendários mitos de classe e bem vestir. Nada tem a ver com as listas das 10 mais bem vestidas do ano. Não há fantasias para ser elegante. Não se compra elegância. Ela não está em incríveis roupas, ou sapatos sexies ou acessórios exclusivos. Isso ajuda a eliminar alguns erros de bem vestir.
A elegância vem do silêncio, vem da alma generosa, do sorriso doce, do olhar terno e condecendente. A elegância vem do amor e não do terror. Não se impõe elegância, se espalha quase misteriosamente como um perfume suave que segue o rastro do seu dono.
 Para ser elegante, há de ser humilde. Há de ter coragem, mas não se esconder atrás de subterfúgios. Há de ouvir os outros, há de ser diplomata, com postura ereta, gestos sutis, palavras vindas de sabedoria, atitude respeitosa e delicada com todos em volta, há de se economizar comentários fúteis e inúteis, há de ser útil para a comunidade, há de ter bom senso dentro do senso comum.
 A elegância está na dignidade, na integridade, na compaixão. Não está no julgamento, mas no aceitamento. Não está na superioridade, mas na compreensão. Não está na inveja, mas na admiração. Não está no ceticismo, mas na fé. Não está na arrogância, mas nas ínfimas atitudes dadivosas não publicadas.
Assim sendo, a elegância não pertence a ninguém, mas é antes de tudo um dom de Deus, que uns escolhem praticar, e outros preferem invejar.

Texto: Cris Lotaif
  Foto: Reprodução

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