quinta-feira, 26 de maio de 2011

DEUS NA MINHA VIDA


Me pego ouvindo um canário cantar!
Me pego olhando uma planta crescer!
Me pego ouvindo uma criança dizer: eu te amo
Me pego sorrindo ao vizinho que diz bom dia...
Coisas de Deus, um ser de bondade, amor e compaixão!
E a um só tempo me entristeço com as mães que sem paciência batem nos filhos. Às vezes maltratam a eles pelo que guardam do seu mau dia: por um dinheiro que faltou na conta a pagar, por um namorado que marcou um encontro e saiu com a outra, por um exame que deu positivo numa gravidez, ... e ai me pergunto: porque a criança tem que ser punida para descarregar o que você não teve coragem de levar de volta a quem lhe deu? Ou porque não aceita entender que tudo que veio foi você quem buscou?
Nós escolhemos nossos caminhos, plantamos nossos sofrimentos, desde que procuramos coisas onde elas não existem. Como exigir do outro a perfeição se nem ao menos conseguimos ser humanos; e por humano vou buscar a definição literal: sensível a piedade, compassivo.
Cantamos, juramos e falamos de amor, mas entendemos bem pouco da sua grandeza. Preferimos achar que o amor é o que sentimos em nós: saudade, raiva, ciúme, posse, poder, exclusividade... Parando para refletir, acho que o primeiro mandamento bíblico é assimilado de forma equivocada, ou verdadeiramente nos mostra que nada entendemos do amor: Amar a Deus sob todas coisas e ao próximo como a ti mesmo”! Então esta deveria ser a grande reflexão: ou não nos amamos ou nos amamos muito mal.
Dia desses uma mãe saindo com uma filha, pequenina, três anos talvez, repreendeu a filha por estar com o cabelo desarrumado, parecendo uma doida! A criança olhou para ela emudecida. Como se pode entender que uma criança, de apenas três anos, possa absorver valores que só a vaidade humana, de se mostrar o que não se é, vai dar importância? A ela, criança, só interessa viver, aproveitar a vida; e para isto só precisa estar viva.
Acho que urge trazer de volta a criança que enterramos na nossa alma: a que acha graça de coisas bobas; a que reparte o lanche com pobres e ricos, brancos ou pretos; que cria um mundo imaginário e nele se deleita quando não tem o que queria do mundo real; que lhe dá um beijo porque deu vontade; que diz: eu amo você sem preocupar-se em ouvir de volta.
Ser de luz, que deita a cabeça no travesseiro e dorme tranqüila porque carrega, por pureza, no espírito, a essência divina: o Amor.
Ale Aguiar

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